domingo, 20 de junho de 2010

Quem vive de passado é museu(?)

Fred Astaire e Audrey Hepburn em Funny Face (1957)

Quem vive de passado é museu(?)

É incrível, como as coisas são. É, o sol nasce e se põe, as estações mudam, o mundo roda. Na verdade não é nesse ponto trivial que eu vou tocar. Mas, o que eu venho dizer é como alguns talentos são tão destacáveis, que sobrevivem ao tempo, à morte, aos intemperismos e por ai vai. Não sabe do que eu to falando? Ok. Eu vou ser mais explícita. É incrível, como os ídolos de quatro décadas atrás podem ainda ser ídolos de hoje. Como assim? Beatles, Fred Astaire, Ginger Rogers, Elvis Presley, Marilyn Monroe, Madonna (sério que você acha que ela é da nossa época?)... Eu poderia ficar nomeando os inomeáveis ícones da cultura que se acumularam durante esse meio século, mas eu fugiria do propósito. Enfim, muitos foram os astros que deixaram o nome gravado, na calçada da fama, nas listas de filmes clássicos e outros hankings. Ok, você está ai se perguntando: Já li essa droga até aqui, cadê o propósito? Calma ai na cadeira, segure suas calças que vai bombar! A atualidade não tem ídolos. Nós usamos os antigos. Roubamos o mérito das gerações passadas quando usamos os seus ídolos. E dai? Bem, e dai, que com isso cultivamos uma série de pessoas, como eu e a co-autora do site, que pensam que nasceram na época errada. Por que? Bem, porque no meu 'bagulinho que toca música' 99,9% das bandas ou se dissolveram, ou estão com metade na formação originaria debaixo dos sete palmos de terra. Metade dos filmes que eu assisto e tenho como meus preferidos, são de 1960 pra trás. E é isso que me deixa embasbacada. Como, eu posso idolatrar, assim como muitos dos co habitantes do globo, um mundo que nós não conhecemos? Porque, o meu filme favorito foi filmado antes dos meus pais nascerem, na verdade, antes da minha avó nascer (o filme é de 1927). A minha banda favorita fez o ultimo show há 41 anos atrás. Só pra deixar claro, eu tenho 17 anos e não me recordo das existências passadas... É estranho, até pra explicar, como eu posso gostar tanto de um passado que eu não vivi. Porque não consigo entender as críticas sociais que são feitas (na verdade, depois de tanta aula de história...). A minha teoria é de que certas coisas, que transmitem idéia, ou talento, são imortais. Com isso eu quero dizer que os meus filhos vão escutar beatles, e assim, os filhos dos meus filhos e por ai vai. A ideologia é algo que nós não sabemos aniquilar por completo. Mas, na verdade, não é esse o propósito? Fazer algo tão sólido que o tempo não seja capaz de corroer? Enquanto, ainda existam os que achem estranho esse cultivo ao passado, existem os que apóiam; e esses eu explico: o que é bom deve ser perpetuado enquanto puder. Não se fazem mais rocks tão bons quanto os antigos, ou músicas tão melódicas e apaixonadas, e nínguem nesse mundo dança uma valsa tão bem e tal compassadamente quanto Fred e Ginger o fazem (faziam). Nenhuma mulher (melancia, jaca, ou qualquer outra fruta) tomou a posse de Cyd Charisse como a dona das pernas mais bonitas. Ninguém foi tão hippie, ou tão crítico, ou tão doce, até por não precisar, quanto as músicas de Lennon e Mccartney. Então, por que devemos mesmo criticar os que em seus maiores devaneios desejavam ter nascido naquela época em que, nem tudo eram rosas, mas que os ícones eram ícones tão perfeitos em suas características que vivem até hoje?   -Boa Noite!
      
Nota de Rodapé:
A imagem deste post, como de todos os que se seguirão é de autoria de Naty Mary, a outra pentelha autora do blog.
Bom gente, pra primeira postagem dá pro gasto, né? Espero que agrade, e que as visitas rolem frequentes. Abraço da Bee, e bem vindos ao nosso Revindal!!